.jpg)
entras em vento de outono
molhada por chuva miudinha
entras assim, vinda de sul
e enrolas-te em cortina fina
que te acolhe como rainha
que te acolhe como rainha
e te afaga a pele, com sinais de outubro.
as árvores já despidas
as árvores já despidas
dançam com folhas amarelecidas
esperando quedas acrobáticas e suaves
em voos livres, carinhosos
de circos de invernos rigorosos.
em voos livres, carinhosos
de circos de invernos rigorosos.
assobiam ao ver-te aqui chegar
entoando sonatas que tu bebes
em bailados ondulados, transparentes
movimentos perfumados, cor de mar.
no palco da janela do meu quarto
em bailados ondulados, transparentes
movimentos perfumados, cor de mar.
no palco da janela do meu quarto
exibes-te em peça improvisada
com monólogos de um corpo em madrugada
que explode em crescente excitação.
que explode em crescente excitação.
falas contigo
usando dedos expressivos
embalas os teus seios expectantes
que envergonhados, sorriem para mim
e sinto-me a beijá-los por instantes.
espreitam à boca desta cena
endurecidos por dedos finos que os moldam
usando dedos expressivos
embalas os teus seios expectantes
que envergonhados, sorriem para mim
e sinto-me a beijá-los por instantes.
espreitam à boca desta cena
endurecidos por dedos finos que os moldam
tentam-me, de uma forma consistente
libertando em mim vontade quente
de provar a tua pele que ainda está morena.
uma lua cheia, de cenário
de provar a tua pele que ainda está morena.
uma lua cheia, de cenário
ilumina o teu sexo já molhado
escorrendo resultado apaixonado
de um primeiro acto solitário.
escorrendo resultado apaixonado
de um primeiro acto solitário.
distingo no luar húmido em invasão
o brilho dos teus lábios, ao tocar
e tento adivinhar a perversão
que tens dentro de ti para me dar.
imagino actos futuros
congemino actos vindouros que desejo
o brilho dos teus lábios, ao tocar
e tento adivinhar a perversão
que tens dentro de ti para me dar.
imagino actos futuros
congemino actos vindouros que desejo
inverto a ordem teatral
entro em cena, entrando em ti, em vendaval
e como se fosse uma “première”
tomo conta do teu corpo
com doces pancadas de Molière
entro em cena, entrando em ti, em vendaval
e como se fosse uma “première”
tomo conta do teu corpo
com doces pancadas de Molière